14 outubro 2006

A Descoberta

Ando, rebolo, rastejo, passeio, saltito levemente de nenúfar em nenúfar... Caminho pela rua sempre pelos mesmos caminhos, sempre na mesma posição, de mãos encolhidas nos bolsos e de phones nos ouvidos. Mas hoje há algo que está diferente. O sorriso na minha cara é inovador e desconhecido, tanto para os outros como para mim mesma. "Não tenho razões para chorar, mas também não as tenho para sorrir desta maneira", penso eu. E no entanto ele não me larga, este sorriso idiota e despretensioso, que parece ter mais para dar do que eu própria.

Começo a interrogar-me: "De onde veio este raio deste sorriso? Será assim tanto um emplastro, ou vem de dentro de mim?...

Oi, pára tudo! Tenho um estranho dentro de mim? Há parte de mim que desconheço?! Mas o que vem a ser isto?!!"

Procurei, procurei, mas não encontrei resposta. Até que um dia, quando tinha já guardado as minhas perguntas debaixo da almofada (é onde guardo aquelas que estão por responder) me sentei e simplesmente ouvi. E da boca de outra pessoa que até tinha muito pouco a ver comigo (e que agora é exactamente o contrário) descobri que afinal havia algo mais. E ela não me disse assim, nestas palavras - "afinal há algo mais!" -, disse-mo sem precisar de mo dizer. Pela primeira vez, li nas entrelinhas de alguém que nem as linhas tinha escrito. E fez-se luz.

Ainda hoje...

À minha querida Miss, e a todos os outros, porque todos fazem a diferença!

Ao Fru (que, sem o saber, me levou a escrever este post), em forma de tentativa frustrada de explicar o porquê!

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