23 setembro 2006

Boa rentrée!

Hoje acordei com aquela maravilhosa sensação... Sabem? Essa!
Aquela sensação de quem acorda no primeiro sábado depois da primeira semana de aulas... Perceberam?... Exacto! Isso mesmo!!

Não? Sou só eu?! Ok, eu explico... (Estou desiludida, caros leitores!)

Aquela sensação de quem acabou de viver a primeira semana de aulas do ano... Ou seja, de quem reviu os amigos, a escolinha, de quem encarou novas disciplinas e novos professores com um sorriso na cara e vontade de ir mais longe (porque ainda se está fresquinho... dêm-lhe mais umas semanitas!)... De quem foi às aulas e voltou para casa ainda sem trabalhos de casa, de quem já começou as aulas mas pode passar a tarde na ronha sem sentimentos de culpa... De quem ainda não começou o IGL, ou seja, de quem tem 5 tardes livres por semana... De quem entretanto já começou o IGL e lhe soube espantosamente bem (!) voltar a ter uma aula de violoncelo, de quem está com vontade de voltar a entrar no ritmo, de dar tudo o que tem, de voltar a ouvir berros e incentivos, COM SOM!, MAIS!, ESTUDA C******!!, de sair da sala a sorrir porque a aula correu muito bem...
Aquela sensação de ter livros novos a cheirar divinamente, de ter matérias por descobrir, e de descobrir matérias espantosas (e outras que nem por isso), de quem se entusiasma com a 1ª Guerra Mundial e com os meandros da Psicologia, de quem não sabe ainda o que quer fazer da vida mas ainda assim é feliz...
Aquela sensação de quem acorda sábado de manhã (bem, ok, já poderia ser considerado 'de tarde'...) com um sorriso na cara porque teve uma semana óptima e ansia por mais, de quem se levanta para ir ver episódios do "Friends" enquanto toma o pequeno almoço e revive na sua cabeça a maravilhosa noite anterior... De quem vai sair à noite quando lhe apetece porque ainda não está em época de testes (dependendo, obviamente, de autorização superior, que neste caso, felizmente, - quase - nunca tarda em chegar), de quem combina jantares à 3ªf à noite porque na 4ª só tem uma aula, às 10h15 da manhã... De quem está no 12º ano e tem grandes planos para o próximo ano, de quem sente que tem muito mais para dar e que está disposto a dar ainda mais do que isso... De quem luta por viver intensamente e aproveitar tudo o que tem!
Mas, principalmente, de quem se levanta, olha pela janela, e, quer esteja chuva, quer esteja sol, sabe que tem montes de motivos para sorrir.

Estão a ver?

















[foto tirada por mim, em Sines]

16 setembro 2006

Com a Felicidade ali ao virar da esquina...

Sinto que devo este post a muita gente. Ou talvez só a mim mesma...
A verdade é que muitos dos meus assíduos leitores (poucos mas bons... obrigada assíduos leitores! =P) me vieram perguntar se eu estava bem, porque, ao que parece, os meus posts têm sido muito depressivos ultimamente (ou, como diria a Fifi, parece que estou "à espera da morte" LOL). Outros não disseram nada, mas sei que a opinião que algumas pessoas têm do que estou a viver ou a sentir neste momento está completamente afastada da realidade, e em parte devido ao que tenho escrito aqui. Pois bem, fica o esclarecimento:

Sou, assumidamente e sem qualquer tipo de dúvidas, feliz. Por mais coisas que se estejam a passar neste momento na minha vida, ou por mais "dúvidas existenciais" que tenha (faz parte da adolescência, não é o que estão sempre a dizer?) sou mesmo, mesmo feliz.
Às vezes pode parecer que me estou a queixar da vida que tenho e do que sou, mas garanto-vos que não é o caso. Claro que é normal que às vezes certas coisas nos pareçam um bocado descontroladas ou confusas e que certos desabafos saiam, mas digo-vos: não trocava a vida que tenho por nada neste mundo.
E sabem porquê? Porque só eu tenho o controlo dela, e só eu posso fazer dela algo melhor.
É esse o desafio: pegar na vida que temos, nas oportunidades que nos dão, e usá-la para fazer o que acharmos melhor. E, mais importante ainda: conseguir dar sempre a volta por cima, aconteça o que acontecer. Usar o que nos acontece de mau na vida para aprender alguma coisa com isso.

Eu sinto-me afortunada: tenho muito mais do que a maior parte das pessoas. Tenho uma família espantosa, tenho amigos incríveis, tenho uma casa óptima, acesso à tecnologia, oportunidades de estudo... Tenho 1001 coisas às quais nem sempre damos o devido valor. E sinto que tenho de aproveitar isso ao máximo! É meu dever aproveitar isso...

Sim, nós queixamo-nos demais. Queixamo-nos porque não temos mota para ir ter com os nossos amigos. Queixamo-nos porque não temos dinheiro para ir ao cinema. Queixamo-nos porque não nos apetece estudar. Mas esquecemo-nos que temos amigos com quer ir ter. E que, se não temos dinheiro para ir ao cinema, ao menos temos dinheiro para comer, coisa que muita gente não se pode dar ao luxo de dizer! E se não temos paciência para estudar, devíamos, porque temos a oportunidade (que muitos não têm) de ir à escola e de tirar um curso, para sermos independentes, ganharmos dinheiro e sermos livres!

E, para esclarecer de uma vez por todas: não acho que a religião seja essencial na vida de uma pessoa. Ou seja, na minha é... Eu tenho fé em Deus. Mas o que acho realmente importante é que as pessoas tenham fé em si mesmas, e que consigam ser felizes. Não me interessa o que lhe chamam: Deus, Alá, Buda, Destino, Sorte... O que interessa é que as pessoas consigam ultrapassar os obstáculos que encontram na vida, e aprendam a viver da melhor maneira possível.


Eu sou feliz simplesmente porque estou viva. Aprendi a dar valor a isso... Para mim, basta-me aquelas pequenas coisas da vida (ai, que cliché!) que toda a gente tem mas que poucos saboreiam para me fazer sorrir. Há tanto por descobrir, tanto por viver... Há tanto que tenho e tão pouco que aproveito! Por isso, é andar para a frente e sorrir a quem passa. Quem sabe, talvez faça a diferença...
Já dizia o outro: "Trata de ser feliz com o que tens, vive a vida intensamente, lutando conseguirás!"


Longe de querer dar sermões de vida a alguém, só vos quero fazer perceber as simples razões pelas quais sou feliz, e fazer-vos entender que, se abrirem um bocado os olhos ao mundo que vos rodeia, não é assim tão difícil de perceber que também vocês têm condições para ser felizes, se realmente o quiserem...

Assim seja!

11 setembro 2006

Dúvidas existenciais

Eu acredito no amor verdadeiro.

Porque é que o resto do mundo não parece concordar? Serei eu quem está errada?
Porque é que não se pode amar, para sempre, incondicionalmente? Porque é que há sempre limites, condições?
Porque é que não se podemos, simplesmente, entregar-nos totalmente a uma pessoa e sermos felizes para sempre?
Porque é que o resto do mundo só parece compreender a linguagem do ódio e da desconfiança?
Porque é que não se pode confiar em ninguém?
Porque é que, quando menos esperamos, o nosso melhor amigo nos trai?
Porque é que não podemos, simplesmente, entregar a nossa vida e não ter medo que a deixem cair?
Porque é que tem de se olhar para os dois lados antes de atravessar a rua?
Porque é que, hoje em dia, quem nunca mentiu não é bem sucedido?
Se amamos alguém, porque é que não podemos estar com essa pessoa sempre que queremos e podemos?
Porque é que “porque parece mal” é uma resposta tantas vezes usada?
Porque é que temos de nos preocupar com o que os outros pensam de nós?
Porque é que temos de agradar a desconhecidos para sermos felizes?
Porque é que nem sempre tudo está seguro?
Porque é que temos sempre de fazer tudo conforme manda a sociedade, só porque sim?
Porque é que, se nos apetece mesmo comer um gelado a meio da tarde, não podemos?
Porque é que, se queremos estar com a pessoa que amamos todos os dias, não podemos?

Porquê?

Porque sim não é resposta...