21 fevereiro 2007

that's it!


"I remember one morning getting up at dawn, there was such a sense of possibility. You know, that feeling? And I remember thinking to myself: So, this is the beginning of happiness. This is where it starts. And of course there will always be more. It never occurred to me it wasn't the beginning. It was happiness. It was the moment. Right then. "
.
Michael Cunningham, "The Hours"
.

.
[ peço desculpa por os posts ultimamente serem assim às pinguinhas... prometo que vou fazer qualquer coisa de mais produtivo brevemente, mas entretanto vou-vos deixando aqui os meus "post-its" mais recentes e queridos :)
.
foto em Lagos, Setembro 2006 ]

11 fevereiro 2007

Porque é que "Friends" é a melhor série do mundo



("The One with the Prom Video")

Phoebe: Hang in there. It's gonna happen!
Ross: Okay, now, how do you know that?
Phoebe: Because she's your lobster!

[At a loss, Ross looks at Chandler.]

Chandler: Oh, she's going somewhere.
Phoebe: Come on, you guys, it's a known fact that lobsters fall in love and mate for life. You know what, you can actually see old lobster couples walking around their tank, you know, holding claws…

[A few hours later, after discovering Ross's unsuccessful attempt to take her to prom long ago, Rachel now embraces and kisses him.]

Phoebe: See... He's her lobster!


Contado não tem piada... Só quem viu sabe do que estou a falar!

Olhos de mongol


« Olhos de Mongol é uma expressão do escritor Henry Miller, para aquela empatia que existe quando conheces uma pessoa, estás a falar com ela pela primeira vez e há uma energia no olhar, toda aquela ligação um bocado inexplicável. »
.
.
.

.

.

[foto de 1 Fev 2007]

06 fevereiro 2007

Desilusões e ciumeira

É inédito...

O I.G.L. comprou um violoncelo barroco, e como eu sou a pessoa mais avançada em violoncelo no Instituto (não, este post não foi só uma desculpa para dizer isto, até porque não é dizer lá grande coisa...) calhou-me a mim a prioridade de ficar com ele durante o 2º período inteiro. O que quer dizer que agora estou a estudar essencialmente peças e estudos barrocos, e a dedicar-me quase completamente ao novo brinquedo. E o que também significa que agora só pego no outro de vez em quando, para tocar (ou tentar) o Messien em que o Tó Zé me fez o favor de encalhar (entre outras coisas - umas giras, outras menos...)

Ora, no outro dia tentei fazer as pazes com ele, mas estava de trombas... Recusava-se a afinar, de tal modo que tive de ir para a cozinha, por ser a zona mais fria da casa (com o calor a madeira retrai-se, logo é difícil manter uma afinação decente).
E às tantas reparei que tinha o cavalete torto. Tentei endireitá-lo, mas sem grandes resultados. E quando finalmente consegui afiná-lo mais ou menos decentemente, tinha um som muito estranho e metálico. Fiquei devastada... Pensei que tinha arruinado o meu menino.
No dia seguinte levei-o à urgência mais próxima (leia-se Sbaffi), na qual me foi dito, para meu enorme espanto, que o problema do meu bebé era ter a alma deslocada.

(Pequena nota para incultos: A alma do violoncelo é um fino cilindro de madeira que está encaixado - mas não colado - entre o tampo inferior e superior do violoncelo, mesmo por baixo do cavalete, e é responsável por espalhar as vibrações sonoras por toda a caixa de ressonância, produzindo o som. Ou seja, as vibrações passam das cordas para o cavalete, depois para o tampo superior, daí para a alma e da alma para o tampo inferior e resto do violoncelo. Logo, se a alma sai do sítio, o som modifica-se - e é o desespero.)


O amor da minha vida tem a alma deslocada, por minha culpa... Desiludi-o, desprezei-o, maltratei-o, degradei-o, abandonei-o, troquei-o por outro. E agora ele tem de ser operado. Imaginam como me sinto?

Snif... Ainda assim, tentei (re)animá-lo. Numa tentativa frustrada de recuperar o tempo perdido (o que, já devia saber, é sempre impossível) e não podendo tocar, acabei a noite de máquina fotográfica em punho. Deu nisto...












Tenho saudades dele...